Sonho

Sonhei que me afundava nos braços da morte...

Não sei quanto tempo durou a quietude...

Mas sei que este foi o único sonho bom que tive até hoje,

Desde o dia em que soube que os sonhos tinham acabado...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Finalmente... Quem foram os Santos Mártires de Marrocos?

Ao que tudo indica constituiam um grupo de 6 frades enviados pelo próprio S. Francisco de Assis, em 1219, numa missão para espalhar o Evangelho para os lados de Marrocos. Pelos vistos eram todos italianos e chamavam-se Vital, Berardo, Otão, Pedro, Acúrsio e Adjuto.
Seguindo por Espanha, Frei Vital ficou muito doente o que não impediu que os restantes cinco continuassem para Portugal onde foram recebidos, em Coimbra, por D. Urraca, esposa de D. Afonso II de Espanha.
Em Alenquer foram apresentados a D. Sancha, filha de D. Sancho I. Esta D. Sancha viria a fundar o primeiro convento franciscano. Pelos vistos, arranjou umas roupas comuns que constituiram o disfarce com que os frades entraram em território mourisco, seguindo para Lisboa em direcção a Sevilha. Nesta cidade fizeram a sua primeira pregação dentro de uma Mesquita em dia de festejos a Maomé, tendo-se, para o efeito, vestido, novamente, de frades.
Obviamente, foram corridos à paulada e considerados bêbados. Nada disto os desanimou e decidiram pregar a palavra de Jesus junto do próprio Califa. Conseguiram ser recebidos mas, mal abriram a boca, o Califa não achando graça à conversa, mandou matá-los. O filho do Califa, no entanto, intercedeu por eles, convidando-os a converterem-se ao islamismo o que eles não aceitaram.
Por essa altura, o infante D. Pedro, irmão do rei de Portugal, cristão convicto mas aliado do Califa, partiu para Marrocos para combater outros reis Mouros, tendo os frades aproveitado a boleia. Em Marrocos D. Pedro deu-lhes aposento mas, em vez de ficarem  sossegados, continuaram a pregar pelas ruas. Não agradando aos mouros esta situação, foi decretada a sua expulsão para um país cristão. D. Pedro recebe-os novamente e envia-os para Ceuta para os pôr a salvo de represálias. Mas os frades, teimosos, escaparam à vigilância, regressaram novamente  à pregação e, claro, foram presos. Ao que parece ficaram numa escura masmorra durante vinte dias sem comer e sem beber. No fim desse tempo, levados à presença do rei mouro continuavam bem nutidos e com boa disposição o que foi causa de muito espanto e que lhes proporcionou a sua libertação. Os cristãos, com medo de começarem a sofrer represálias devido a tão grande teimosia, levam-nos para Ceuta novamente tendo, de imediato, os frades voltado novamente para trás. D. Pedro, para os proteger, leva-os, então, numa missão guerreira juntamente com os seus soldados e alguns muçulmanos. Vencida a rebelião que foram combater, regressaram mas, mais uma vez, os frades mostraram a sua santidade ao salvá-los a todos de morrerem de sede, fazendo brotar água das areias do deserto. Essa fonte, após ter matado a sede aos homens e aos cavalos e depois de todos terem enchido os odres para o resto da viagem, secou imediatamente.
O miramolim mouro ao saber deste feito e também porque os frades haviam tido uma discussão teológica com um sábio muçulmano que ficara verdadeiramente impressionado com a sabedoria que eles demonstravam volta a recebê-los. Mas, de novo, a conversa irrita o mouro que encarrega o seu filho Abusaid de os prender e decapitar. No entanto, o principe mouro, fôra um dos soldados salvos no deserto pelo milagre dos frades e foi retardando a execução da ordem o mais tempo possível. Mas a firmeza dos frades era maior que tudo e acabaram mesmo por ser presos pois o seu algoz ficou convencido que, o que eles queriam mesmo, era o martírio final. Não podia, também, tolerar  que em terras de Maomé, o seu próprio nome fosse espezinhado e a sua religião alvo de provocações.
Morreram, pois, como seria sua vontade, de uma forma extremamente violenta: após duro interrogatório pelo principe durante o qual, repetidamente, os frades defendiam a fé cristã e injuriavam a lei de mafoma, cuspindo Berardo para o chão o que irritou o mouro que lhe pregou uma valente bofetada tendo o frade apresentado imediatamente a outra face. Foram, seguidamente, açoitados, arrastados pelo chão, depois de atados de pés e mãos, até  os seus corpos ficarem descarnados tendo, os algozes, seguidamente, deitado azeite a ferver nas feridas. Novamente foram arrastados, desta vez sobre vidros e cacos. Alguns espectadores rogaram-lhes que se convertessem a Maomé para que assim acabasse tamanho suplício. Os frades mantiveram-se irredutíveis e após tamanhas torturas, resolveram os mouros, em vão, tentá-los com a oferta de dinheiro e mulheres. O miramolim achou então que nada faria calar aqueles homens a não ser a força da espada. Continuando sempre a defender a palavra de Deus, os frades provocaram tal ira no mouro que com a sua própria cimitarra rachou ao meio o crânio dos pregadores, cortando-lhes, de seguida, a cabeça. Corria o ano de 1220 e D. Pedro, recorrendo ao suborno, conseguiu resgatar as relíquias dos frades e trazê-las para Portugal.
Foram canonizados pelo Papa Sisto IV em 1491.

Falta-me saber se o dia 16 de Janeiro foi o dia da sua morte...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quem diria?

Clarita (morguefile)
Quem diria que tinhas uma floresta encantada
na qual o tempo e a idade nunca passarão
e os sonhos nunca serão esquecidos?
Quem diria que eu nunca encontraria esse lugar encantado
e, ao procurá-lo, me perdia nas areias de um deserto
seco e inóspito onde o amor nunca existiu
ou foi há muito tempo esquecido?
Quem diria que construiste um castelo,
Enquanto os muros à minha volta se desmoronavam,
Silenciosamente, sem eu dar conta?
Quem diria que o ar que respiravas não era o mesmo que o meu
E que os teus sonhos não se cruzavam com os meus?
Quem diria que viria o dia em que ao olhar o azul do céu,
apenas vejo um enorme temporal
que me faz sentir triste e só?
Quem diria...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Tourada

Realmente... há coisas, neste caso uma canção, que não envelhecem!