Sonho

Sonhei que me afundava nos braços da morte...

Não sei quanto tempo durou a quietude...

Mas sei que este foi o único sonho bom que tive até hoje,

Desde o dia em que soube que os sonhos tinham acabado...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Divagações da alma durante uma formação sobre doenças sexualmente transmissíveis...Já lá vão 13 anos!

Como que acordando de um sonho, ouço as palavras "fadas e gnomos" quando ainda ressoava a palavra "Hepatite" no desconforto da sala. O constraste dos termos aguçou a minha atenção o que, por sua vez, fez com que ela divergisse para longe de tudo o que se passava à minha volta... e, daí, talvez não!
Costumo dizer aos meus alunos que sonhar é muito importante e sonhar com coisas que queremos que sejam perfeitas é saudável porque, para além de outras coisas, permite encontrar formas/estratégias de melhorar algumas coisas ou, pelo menos, tentar...
Neste "conjunto de cidades" que se chama Portugal existem seres bondosos que "ajudam a fazer trabalhos académicos (!!!) e que, na maioria dos casos, são dose suficiente para garantir uma bela "trip" para longe da realidade...sobretudo quando ouvidos com a ajuda de "powerpoints" estáticos e enfadonhos!
Porque sonhar acordado é uma coisa e sonhar a dormir é outra, porque sonhar em demasia pode anestesiar como uma dose elevada de álcool ou, então, põe-nos a defender fundamentalismos como proibir uma batatita frita de vez em quando, um cigarrito ao fim de almoço com o café e com os amigos e tantas outras coisas que, quando damos conta, estamos completamente fora da realidade...
Já Gil Vicente falava do livre arbítrio que, os fundamentalismos anulam completamente.
De nada vale esconder a realidade ocultando as coisas, de nada valem sanções e proibições sobretudo quando descontextualizadas...O que faz falta é consciencializar a malta e mostrar-lhes os vários caminhos, as várias opções. O Bem e o Mal existem tal como existem fadas e gnomos maus e bons...
Os maus geralmente estragam trabalhos académicos e experiências no terreno que até poderiam ser bons...
De repente, parecemos todos habitantes de uma floresta élfica onde nos escondemos da realidade, refugiando-nos na utopia.
A realidade está ao nosso lado de dia e de noite, dentro e fora das nossas casas, das nossas escolas, dos nossos jardins e ao alcance de todos na Internet... Se bem que à "minha cidade" a Internet ainda não chegou... Enfim, porque não temos Internet estamos um bocadinho alienados aqui no mundo rural. Seja... a formadora, vinda de Lisboa, saberá melhor que nós porque vem do mundo civilizado (acha ela!)...

Valeu-me, neste momento, S. Jacinto para me livrar do "embarázio"... A coisa acabou. parece que era sobre hepatite e consumo de batatas fritas...