Sonho
Sonhei que me afundava nos braços da morte...
Não sei quanto tempo durou a quietude...
Mas sei que este foi o único sonho bom que tive até hoje,
Desde o dia em que soube que os sonhos tinham acabado...
Não sei quanto tempo durou a quietude...
Mas sei que este foi o único sonho bom que tive até hoje,
Desde o dia em que soube que os sonhos tinham acabado...
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sábado, 22 de janeiro de 2011
Finalmente... Quem foram os Santos Mártires de Marrocos?
Ao que tudo indica constituiam um grupo de 6 frades enviados pelo próprio S. Francisco de Assis, em 1219, numa missão para espalhar o Evangelho para os lados de Marrocos. Pelos vistos eram todos italianos e chamavam-se Vital, Berardo, Otão, Pedro, Acúrsio e Adjuto.
Seguindo por Espanha, Frei Vital ficou muito doente o que não impediu que os restantes cinco continuassem para Portugal onde foram recebidos, em Coimbra, por D. Urraca, esposa de D. Afonso II de Espanha.
Em Alenquer foram apresentados a D. Sancha, filha de D. Sancho I. Esta D. Sancha viria a fundar o primeiro convento franciscano. Pelos vistos, arranjou umas roupas comuns que constituiram o disfarce com que os frades entraram em território mourisco, seguindo para Lisboa em direcção a Sevilha. Nesta cidade fizeram a sua primeira pregação dentro de uma Mesquita em dia de festejos a Maomé, tendo-se, para o efeito, vestido, novamente, de frades.
Obviamente, foram corridos à paulada e considerados bêbados. Nada disto os desanimou e decidiram pregar a palavra de Jesus junto do próprio Califa. Conseguiram ser recebidos mas, mal abriram a boca, o Califa não achando graça à conversa, mandou matá-los. O filho do Califa, no entanto, intercedeu por eles, convidando-os a converterem-se ao islamismo o que eles não aceitaram.
Por essa altura, o infante D. Pedro, irmão do rei de Portugal, cristão convicto mas aliado do Califa, partiu para Marrocos para combater outros reis Mouros, tendo os frades aproveitado a boleia. Em Marrocos D. Pedro deu-lhes aposento mas, em vez de ficarem sossegados, continuaram a pregar pelas ruas. Não agradando aos mouros esta situação, foi decretada a sua expulsão para um país cristão. D. Pedro recebe-os novamente e envia-os para Ceuta para os pôr a salvo de represálias. Mas os frades, teimosos, escaparam à vigilância, regressaram novamente à pregação e, claro, foram presos. Ao que parece ficaram numa escura masmorra durante vinte dias sem comer e sem beber. No fim desse tempo, levados à presença do rei mouro continuavam bem nutidos e com boa disposição o que foi causa de muito espanto e que lhes proporcionou a sua libertação. Os cristãos, com medo de começarem a sofrer represálias devido a tão grande teimosia, levam-nos para Ceuta novamente tendo, de imediato, os frades voltado novamente para trás. D. Pedro, para os proteger, leva-os, então, numa missão guerreira juntamente com os seus soldados e alguns muçulmanos. Vencida a rebelião que foram combater, regressaram mas, mais uma vez, os frades mostraram a sua santidade ao salvá-los a todos de morrerem de sede, fazendo brotar água das areias do deserto. Essa fonte, após ter matado a sede aos homens e aos cavalos e depois de todos terem enchido os odres para o resto da viagem, secou imediatamente.
O miramolim mouro ao saber deste feito e também porque os frades haviam tido uma discussão teológica com um sábio muçulmano que ficara verdadeiramente impressionado com a sabedoria que eles demonstravam volta a recebê-los. Mas, de novo, a conversa irrita o mouro que encarrega o seu filho Abusaid de os prender e decapitar. No entanto, o principe mouro, fôra um dos soldados salvos no deserto pelo milagre dos frades e foi retardando a execução da ordem o mais tempo possível. Mas a firmeza dos frades era maior que tudo e acabaram mesmo por ser presos pois o seu algoz ficou convencido que, o que eles queriam mesmo, era o martírio final. Não podia, também, tolerar que em terras de Maomé, o seu próprio nome fosse espezinhado e a sua religião alvo de provocações.
Morreram, pois, como seria sua vontade, de uma forma extremamente violenta: após duro interrogatório pelo principe durante o qual, repetidamente, os frades defendiam a fé cristã e injuriavam a lei de mafoma, cuspindo Berardo para o chão o que irritou o mouro que lhe pregou uma valente bofetada tendo o frade apresentado imediatamente a outra face. Foram, seguidamente, açoitados, arrastados pelo chão, depois de atados de pés e mãos, até os seus corpos ficarem descarnados tendo, os algozes, seguidamente, deitado azeite a ferver nas feridas. Novamente foram arrastados, desta vez sobre vidros e cacos. Alguns espectadores rogaram-lhes que se convertessem a Maomé para que assim acabasse tamanho suplício. Os frades mantiveram-se irredutíveis e após tamanhas torturas, resolveram os mouros, em vão, tentá-los com a oferta de dinheiro e mulheres. O miramolim achou então que nada faria calar aqueles homens a não ser a força da espada. Continuando sempre a defender a palavra de Deus, os frades provocaram tal ira no mouro que com a sua própria cimitarra rachou ao meio o crânio dos pregadores, cortando-lhes, de seguida, a cabeça. Corria o ano de 1220 e D. Pedro, recorrendo ao suborno, conseguiu resgatar as relíquias dos frades e trazê-las para Portugal.
Foram canonizados pelo Papa Sisto IV em 1491.
Falta-me saber se o dia 16 de Janeiro foi o dia da sua morte...
Seguindo por Espanha, Frei Vital ficou muito doente o que não impediu que os restantes cinco continuassem para Portugal onde foram recebidos, em Coimbra, por D. Urraca, esposa de D. Afonso II de Espanha.
Em Alenquer foram apresentados a D. Sancha, filha de D. Sancho I. Esta D. Sancha viria a fundar o primeiro convento franciscano. Pelos vistos, arranjou umas roupas comuns que constituiram o disfarce com que os frades entraram em território mourisco, seguindo para Lisboa em direcção a Sevilha. Nesta cidade fizeram a sua primeira pregação dentro de uma Mesquita em dia de festejos a Maomé, tendo-se, para o efeito, vestido, novamente, de frades.
Obviamente, foram corridos à paulada e considerados bêbados. Nada disto os desanimou e decidiram pregar a palavra de Jesus junto do próprio Califa. Conseguiram ser recebidos mas, mal abriram a boca, o Califa não achando graça à conversa, mandou matá-los. O filho do Califa, no entanto, intercedeu por eles, convidando-os a converterem-se ao islamismo o que eles não aceitaram.
Por essa altura, o infante D. Pedro, irmão do rei de Portugal, cristão convicto mas aliado do Califa, partiu para Marrocos para combater outros reis Mouros, tendo os frades aproveitado a boleia. Em Marrocos D. Pedro deu-lhes aposento mas, em vez de ficarem sossegados, continuaram a pregar pelas ruas. Não agradando aos mouros esta situação, foi decretada a sua expulsão para um país cristão. D. Pedro recebe-os novamente e envia-os para Ceuta para os pôr a salvo de represálias. Mas os frades, teimosos, escaparam à vigilância, regressaram novamente à pregação e, claro, foram presos. Ao que parece ficaram numa escura masmorra durante vinte dias sem comer e sem beber. No fim desse tempo, levados à presença do rei mouro continuavam bem nutidos e com boa disposição o que foi causa de muito espanto e que lhes proporcionou a sua libertação. Os cristãos, com medo de começarem a sofrer represálias devido a tão grande teimosia, levam-nos para Ceuta novamente tendo, de imediato, os frades voltado novamente para trás. D. Pedro, para os proteger, leva-os, então, numa missão guerreira juntamente com os seus soldados e alguns muçulmanos. Vencida a rebelião que foram combater, regressaram mas, mais uma vez, os frades mostraram a sua santidade ao salvá-los a todos de morrerem de sede, fazendo brotar água das areias do deserto. Essa fonte, após ter matado a sede aos homens e aos cavalos e depois de todos terem enchido os odres para o resto da viagem, secou imediatamente.
O miramolim mouro ao saber deste feito e também porque os frades haviam tido uma discussão teológica com um sábio muçulmano que ficara verdadeiramente impressionado com a sabedoria que eles demonstravam volta a recebê-los. Mas, de novo, a conversa irrita o mouro que encarrega o seu filho Abusaid de os prender e decapitar. No entanto, o principe mouro, fôra um dos soldados salvos no deserto pelo milagre dos frades e foi retardando a execução da ordem o mais tempo possível. Mas a firmeza dos frades era maior que tudo e acabaram mesmo por ser presos pois o seu algoz ficou convencido que, o que eles queriam mesmo, era o martírio final. Não podia, também, tolerar que em terras de Maomé, o seu próprio nome fosse espezinhado e a sua religião alvo de provocações.
Morreram, pois, como seria sua vontade, de uma forma extremamente violenta: após duro interrogatório pelo principe durante o qual, repetidamente, os frades defendiam a fé cristã e injuriavam a lei de mafoma, cuspindo Berardo para o chão o que irritou o mouro que lhe pregou uma valente bofetada tendo o frade apresentado imediatamente a outra face. Foram, seguidamente, açoitados, arrastados pelo chão, depois de atados de pés e mãos, até os seus corpos ficarem descarnados tendo, os algozes, seguidamente, deitado azeite a ferver nas feridas. Novamente foram arrastados, desta vez sobre vidros e cacos. Alguns espectadores rogaram-lhes que se convertessem a Maomé para que assim acabasse tamanho suplício. Os frades mantiveram-se irredutíveis e após tamanhas torturas, resolveram os mouros, em vão, tentá-los com a oferta de dinheiro e mulheres. O miramolim achou então que nada faria calar aqueles homens a não ser a força da espada. Continuando sempre a defender a palavra de Deus, os frades provocaram tal ira no mouro que com a sua própria cimitarra rachou ao meio o crânio dos pregadores, cortando-lhes, de seguida, a cabeça. Corria o ano de 1220 e D. Pedro, recorrendo ao suborno, conseguiu resgatar as relíquias dos frades e trazê-las para Portugal.
Foram canonizados pelo Papa Sisto IV em 1491.
Falta-me saber se o dia 16 de Janeiro foi o dia da sua morte...
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Quem diria?
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Clarita (morguefile) |
na qual o tempo e a idade nunca passarão
e os sonhos nunca serão esquecidos?
Quem diria que eu nunca encontraria esse lugar encantado
e, ao procurá-lo, me perdia nas areias de um deserto
seco e inóspito onde o amor nunca existiu
ou foi há muito tempo esquecido?
Quem diria que construiste um castelo,
Enquanto os muros à minha volta se desmoronavam,
Silenciosamente, sem eu dar conta?
Quem diria que o ar que respiravas não era o mesmo que o meu
E que os teus sonhos não se cruzavam com os meus?
Quem diria que viria o dia em que ao olhar o azul do céu,
apenas vejo um enorme temporal
que me faz sentir triste e só?
Quem diria...
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
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